Rima
Lábios, vigias de minha paixão outrora acesa
mãos, cadeias da juventude que tão logo passa
cor de um rosto perdido em meio à natureza
árvores... pássaros... caça.
Corpo, rácimo negro sob um sol que te arde
corpo, magnífico navio, que rumo levas?
É esta a hora em que sufoca a tarde
e eu me afadigo a procurar as trevas...
(os dias roem nossa vida sem alarde).
SÉFERIS, Giórgos. "Rima". Trad. José Paulo Paes. In: PAES, José Paulo.
Poesia moderna da Grécia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986.
Cicero,
ResponderExcluirgrato por postar´esse belíssimo poema de Séferis!
Abraço forte,
Adriano Nunes