FALLAX OPUS
OBRA ENGANADORA
Como se fosse dialogando com Zé Celso Martinez Correia
– Falar é fogo-fátuo
Chego e constato:
– Teatro não se explica
Teatro é ato
Afônico sim, afásico não
Eu, poeta, perco a voz
E quase me some o nume
Ícaro caído
Asas crestadas pelo sol
Dos refletores
Caricatura de Ícaro
Sapecado
Estatelado no átrio pergunto:
– Aonde eu entro?
Onde eu entro?
Um eco cavo cavernoso retruca:
– No entreato
No entreato
No entreato
SALOMÃO, Waly. "Fallax opus". In:_____.
Poesia total. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
Que lindo poema!
ResponderExcluirMe lembra a nossa "Ocupação Poética", o ato da fala, fogo-fátuo, o teatro, o ato.
Beijo grande!