"Ars Poetica" - Para Antonio Cicero
Enquanto quebras a cabeça
Em busca dos ditames áureos da razão,
Aventura-se a vida a ser a mesma.
Mas eis que, subitamente, a ti vem
A quântica certeza
De que, ali, sobre a mesa, descansando,
Estáticos estão
Lápis e muitas folhas - o infinito em branco
A esperar por movimentos, lentos e rápidos,
Da tua afoita mão.
E, com prazer, escreves
Versos breves, sem medo
Das possibilidades da imaginação.
Misturas os metros mais rígidos
À liberdade do teu coração.
Guardas-te para o alegre momento
Da contemplação. Vês
Que vêm a palavra amada,
A ordem certa,
O sentido preciso,
Sobre os montes do olhar mais longe,
Sobre as casas da Trácia,
Além-mar-do-amar-além,
Além do que sequer há,
Para o teu ser trazendo,
Ilesos,
Domados,
O Tempo
E Pégaso.
Agora
Já podes
Voar,
Lançar-te
À sorte
Dos elos,
Beber
Do álcool
Mais forte
Da Arte.
NUNES, Adriano. "Ars poetica". No site: quefaçocomoquenãofaço. No URL: http://astripasdoverso.blogspot.com.br/. 22/06/2015.
Me mata de orgulho esta maravilha que é a arte poética do meu poeta número UM desde sempre, desde que bati o olho na sua produção, Adriano Nunes!
ResponderExcluirDedicatória mais que merecida, Cicero!
Beijo enorme nas duas riquezas da minha vida!
Cicero,
ResponderExcluirsempre uma alegria! Viva! Viva!
Abraçaço,
Adriano Nunes