Espelho
Meu deus como é triste
Olhar a noite nos olhos
O som da treva ecoa
no brejo mais fundo
Lembrar a montanha
a tarde cheia de sinos
a menina — névoa no azul
o menino
Uma luz
que afastasse este breu
para além da estrela remota
Olho e vejo um furo
no escuro — um lago?
Aviões partem
Para que deserto?
ALVIM, Francisco.
Poemas [1968-2000]. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
Muito bom! A última estrofe me lembrou o céu de Aristóteles!
ResponderExcluir