10.7.14

Friedrich Hölderlin: "Menschenbeifall" / "O aplauso dos homens": trad. Manuel Bandeira




Menschenbeifall

 Ist nicht heilig mein Herz, schöneren Lebens voll,
Seit ich liebe? Warum achtet ihr mich mehr,
Da ich stolzer und wilder,
Wortereicher und leerer war?

Ach! der Menge gefällt, was auf den Marktplatz taugt,
Und es ehret der Knecht nur den Gewaltsamen;
An das Göttliche glauben
Die allein, die es selber sind.



HÖLDERLIN, Friedrich. "Gedichte". In:_____. Sämtliche Werke und Briefe. München: Carl Hanser, 1970.



O aplauso dos homens

Não trago o coração mais puro e belo e vivo
Desde que amo? Por que me afeiçoáveis mais
Quando era altivo e rude,
Palavroso e vazio?

Ah! só agrada à turba o tumulto das feiras;
Dobra-se humilde o servo ao áspero e violento.
Só creem no divino
Os que o trazem em si.



HÖLDERLIN, Friedrich. "O aplauso dos homens". Trad. Manuel Bandeira. In: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966.M

4 comentários:

  1. Estrada

    Louvar-te
    Eis a arte
    E o conteúdo
    Acima de tudo
    Relembra-me
    Um sentimento fortuito
    Gratuito
    Uma imagem
    Selvagem, refinada
    A metade amada
    das cinzas
    reinventada
    Sobre mim vergada
    Enamorada
    Escondida da vida
    A pele ferida
    Os acordes soam
    Ao longo da estrada.

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  2. Caro Antonio Cicero, participei no segundo semestre de 2011 da oficina de poesia que você ofereceu na UERJ. É sempre um prazer a surpresa que cada poema-poeta, publicado em seu blog, nos proporciona. Tenho apenas uma ressalva a respeito deste poema de Hölderlin, que em nada altera a sua solidez e beleza: no último verso, se não me engano, consta uma palavra que não encontrei na publicação do blog - "Die allein, die es (selber) sind". Aproveito para lhe agradecer aquelas belíssimas aulas de entrega à poesia e a dedicação com que nos traz, a seus leitores, poemas escolhidos com tanto cuidado.
    Carinhosamente, Leonardo.

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  3. Caro Leonardo,

    Muito obrigado pela gentileza. Você tem razão sobre a omissão da palavra "selber". Esse erro é o resultado de duas falhas: primeiro, do meu scanner, que não foi suficientemente preciso; segundo, da minha revisão, que não foi suficientemente rigorosa.

    Mas já corrigi.

    Abraço

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  4. Cicero,

    obrigado por compartilhar esse belo poema!


    Abraço forte,
    Adriano Nunes

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