8.5.14
Alex Varella: "O pombo flâneur"
O pombo flâneur
Todo pombo é flâneur, mas o carioca ainda mais.
Conta Paulo Mendes Campos que era verão
e dois deles tinham marcado um encontro,
às cinco azul em ponto,
no céu do Rio de Janeiro.
Os tradicionais relógios da Mesbla e da Central marcavam a hora,
mas não marcavam o tempo
(nenhum relógio marca o tempo).
Atravessando a cidade num fio de luz,
a vista ardendo de azul,
aquele pombo se atrasou,
e arrulhando,
numa só sentença se explicou:
“ Sou o pombo flâneur. Não vim voando, vim andando!”
Alex Varella
ótimo!
ResponderExcluirCicero,
ResponderExcluirlindo! Salve Alex Varella!
Abraço forte,
Adriano Nunes
GOSTEI!
ResponderExcluirO POMBO JOÃO DO RIO!
UM SALVE IN MEMORIAN AO VELHO CRONISTA DA BELLE EPOQUE E AO POETA CONTEMPORÂNEO ALEX VARELLA!
O PALAVRA AZUL EVOCA POESIA, PER SI.
ASSOCIADA AO VOO, ENCONTROS E AOS POMBOS, ELA EXPLODE.
BONITO POEMA.
ARSENIO MEIRA JÚNIOR
PS - SÓ AGORA PERCEBI A ESCRITA EM CAIXA ALTA. PERDOEM-ME.