30.4.14

Ricardo Cabús: "Não sei o quanto de mim sou mulher"




Não sei o quanto de mim sou mulher

Não sei o quanto de mim sou mulher
Se na lágrima que deita calada
numa manhã cinzenta
Se na inconstância do desejo
que nuveia a tristeza

Não sei o quanto de mim sou mulher
Se no querer-me livre
assim como os outros
Se no querer-me onipresente
assim como Ele
Não sei...

Sei que de tanto gostar
carregá-la em mim
faz-me feliz



CABÚS, Ricardo. Cacos inconexos. Maceió: Instituto Lumeeiro, 2010.

6 comentários:

  1. Cicero,


    que belo poema! Viva! A sua estada aqui foi demais! Que saudade finca-se em meu coração, amigo dileto!


    Abraço forte,
    Adriano Nunes

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  2. Adriano,

    também adorei Maceió e adorei conhecê-lo pessoalmente!

    Grande abraço

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  3. Cicero,
    Que bom encontrar um dos meus "Cacos Inconexos" por aqui. Forte abraço.

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  4. Parabéns calorosos pelos seus "Cacos", caríssimo Ricardo!

    Abraço

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  5. Maravilhoso!!! Parece que estou lendo aqueles momentos de crises existenciais, em que eu não sei se sou a mulher que quero ser ou a que me cobram. E desse duelo surdo, tenho sempre a impressão de que manifesta-se uma terceira mulher: a conciliadora que nada concilia.Estou aqui delirando. Amei!

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