Litorânea
O mar respira no litoral,
um pulmão que não é meu
ouço inchar-se na areia,
derramar-se, devolvendo-se,
perigoso chamado: — você
não tem história e, ainda
que tivesse, nada é seu
nesta cidade, números,
cifras, senhas sem milagre,
nada é seu, muito menos
este corpo que se banha
e se encanta com as sílabas
incontáveis de um murmúrio
que espera seu retorno
com eterna paciência.
DINIZ, Marcelo.
Cosmologia. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004.
Cicero,
ResponderExcluirbelo poema do Marcelo Diniz! Grato por compartilhá-lo!
Abraçaço,
Adriano Nunes
Cicero querido, que feliz lembrança e deu vez à saudade aqui! Beijo grande, Marcelo Diniz
ResponderExcluirQuerido Marcelo,
ResponderExcluirtambém fiquei com saudade, relendo seus belos poemas. Vamos nos falar para marcar um encontro!
Abraço