Planície
Lago.
O lago.
Afundadas
as bordas. Sob as nuvens
o grou. Branco, iluminando
milênios
de povos pastores. Com o vento
eu ia subindo a montanha.
Aqui viverei. Caçador
eu era, mas me agarrou
a grama.
Ensina-me a falar, grama,
ensina-me a ficar morto e a escutar,
longamente, e a falar, pedra,
ensina-me a ficar, água,
e vento, não me interrogues.
Ebene
See.
Der See.
Versunken
die Ufer. Unter der Wolke
der Kranich. Weiß, aufleuchtend
der Hirtenvölker
Jahrtausende. Mit dem Wind
kam ich herauf den Berg.
Hier werd ich leben. Ein Jäger
war ich, einfing mich
aber das Gras.
Lehr mich reden, Gras,
lehr mich tot sein und hören,
lange, und reden, Stein,
lehr du mich bleiben, Wasser,
frag mir, und Wind, nicht nach.
BOBROWSKI, Johannes. Schattenland Ströme. Stuttgart: Deutsche Verlags-Anstalt, 1963.
Antonio, onde encontrar mais poemas desse autor em português?
ResponderExcluirObrigado por compartilhar.
Caro Diogo,
ResponderExcluirconfesso que não sei nem se há outros poemas dele em português. Deve haver, mas não sei onde.
Abraço
Obrigado pela resposta, Antonio.
ResponderExcluirUm abraço.
Cicero,
ResponderExcluirgrato por publicar esse belo poema e por traduzi-lo.
Abraço forte,
Adriano Nunes