Soneto
Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério,
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijón sidério.
És o bartólio do bocal empíreo
que ruge e passa no festão sitério,
em ticoteio no partano estírio,
rompendo as gambas do hortomogenério.
Teus belos olhos que têm barlacantes
são camensúrias que carquejam lantes
nas duras pélias do pegal balônio;
são carmentórios de um carcê metálico,
de lúrias peles em que buza o bálico
em vertimbáceas do cental perônio.
LISBOA, Luis. "Soneto". In: CAMPOS, Geir.
Pequeno dicionário de arte poética. Rio de Janeiro: Conquista, 1960,
Cicero,
ResponderExcluirque poema belo! Grato por compartilhá-lo.
Abraço forte,
Adriano Nunes
O poema parece ser uma sátira à rigidez da forma fixa. Parece haver somente técnica. A poetisa Marlene Becker comenta esse soneto com outro soneto:
ResponderExcluirAO JOCA
Quando a lumíria forge na froguida
Na fronte da recíria altenecer
Em nasfetila surgirá a brilhida
E a nevilínia irá renecer.
Do horizontino brusque da liroca
Nascem pludentes pritas de rimar
Das notijas relejas surge o Joca
E a selidácea se põe a dançar.
Quem será que se alça tão fremente
Sem medo de vilhosa cremenense
Ao lume do cartoso calinel?
É o poeta que lira nas alturas
Como trima rendante de ventura
Ao som do seu primoso varmitel.