Caro poeta, boa noite. Antes de mais nada, parabéns pela manutenção do site - além das demais atividades intelectuais. Tomo a liberdade de lhe escrever pois acabo de publicar um poema, que sinto sintonizar-se com certas temáticas por você abordadas, tanto em ensaios quanto em termos de poesia. Aliás, uso seus textos nas aulas de estética da PUC para mostrar as "diferentes nuvens" habitadas por poetas e filósofos. Li certa vez uma citação de Fitzgerald que parece apropriada (contudo, não sei se é verídica): arte e filosofia são dedos de uma mesma mão que agarram o sentido. Bom, segue o poema; espero que goste. Grato, abraço, atenciosamente, Gustavo Chataignier.
DE RERUM NATURA
“L’avenir dure longtemps”
Nada precede nada
É o tempo Que é
Que é diferente de si
Quieto
Quieto E vai
A chuva Não chove Pelo trigo
A chuva cai
Cai e molha
Não se levanta, não
Então se espalha
Há tempos derrapamos no tempo - A tempo de nos banhar
Caro poeta, boa noite.
ResponderExcluirAntes de mais nada, parabéns pela manutenção do site - além das demais atividades intelectuais.
Tomo a liberdade de lhe escrever pois acabo de publicar um poema, que sinto sintonizar-se com certas temáticas por você abordadas, tanto em ensaios quanto em termos de poesia. Aliás, uso seus textos nas aulas de estética da PUC para mostrar as "diferentes nuvens" habitadas por poetas e filósofos. Li certa vez uma citação de Fitzgerald que parece apropriada (contudo, não sei se é verídica): arte e filosofia são dedos de uma mesma mão que agarram o sentido.
Bom, segue o poema; espero que goste.
Grato, abraço,
atenciosamente,
Gustavo Chataignier.
DE RERUM NATURA
“L’avenir dure longtemps”
Nada precede nada
É o tempo
Que é
Que é diferente de si
Quieto
Quieto
E vai
A chuva
Não chove
Pelo trigo
A chuva cai
Cai e molha
Não se levanta, não
Então se espalha
Há tempos derrapamos no tempo
- A tempo de nos banhar
POR LOUIS CHATÊ LUCRÉCIO BLACKMORE
Rio, 5 de dezembro de 2012.