Leite, leitura
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo,tudo,tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura
LEMINSKI, Paulo.
O ex-estranho. São Paulo: Iluminuras, 1996.
Cicero,
ResponderExcluirEsse poema é muito lindo! grato por compartilhar! Leminski é um grande poeta!
Abração,
Adriano Nunes
Cicero,
ResponderExcluirUm poema meu:
"Elegia"
Era noite era noite era
Outra conversa
Às pressas
Outra peça de xadrez
Esquecida, outra quimera
Depois das dez,
Outro horizonte desperto.
Era noite era noite era
Todas aquelas
Teias de flertes, à espera
De fins, de fugas, de festas,
Aquela tese
Concreta: vera noite era...
Não era.
Outra luz já ( Da janela,
Tudo quase me esfacela)
Invade a vida através
Das frestas
Do tempo:
O infinito é mesmo cego!
Não era noite, decerto.
Abração,
Adriano Nunes
Adoro Leminski também! E tenho poema seu no meu blog (e do Eucanaã Ferraz também). Tô te seguindo...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRoca
ResponderExcluirVivo a deslizar
Meus dedos pela argila
Em busca dos teus seios
Roca
maroca
Entrelinhas
Entrelaçadas
Máquina de escrever,
portátil
vírgulas, espaços,
Espelhos, traços,
Vou aonde for seu passo
Pelas praças e riachos
Life is the hard path we follow when we're awake.
ResponderExcluirAnonimo
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