Tudo se faz de forma assim tão vária
Tudo se faz de forma assim tão vária
a nunca ser o mesmo que se escreve;
escreve-se porque falar é breve
e, eterna, a lavra quer-se abecedária;
tudo se faz, portanto, involuntária
e cautelosamente, como deve
quem deseja dotar o que é mais leve
de concisão sutil tão necessária;
por que se passe a limpo o repetido
para gravar o travo do que é dito
fixo na cifra e nítido no lido;
faz-se todo, finito após finito
a fim de, a cada surto do sortido,
somar-se ao infinito um outro escrito.
PQP, lindíssimo!
ResponderExcluirmarcelo e o soneto foram feitos um para o outro, é caso sério...
cícero, você não poderia ter escolhido complemento poético mais perfeito ao seu belo texto.
abraço aos dois.
Lindo texto e lindo poema. Adorei
ResponderExcluirBelíssimo poema! Genial. Marcelo Diniz é um ótimo poeta e professor (leciona no Colégio Pedro II, ou estou me confundindo?)
ResponderExcluirVoltarei aqui para encontrar a resposta para essa dúvida minha.
Obrigada. E parabéns pela escolha do poema!
Cicero,
ResponderExcluirbelo poema do Marcelo! Bravo!
Abraço fraterno,
A. Nunes.
precisa-se
ResponderExcluiro que me traz aqui pra tc
não tem fim
ontem votei no vazio
não deu pra ver se era
sangue ou rosa ou
brio
a fala manjada regou o manjar dos deuses
mas o texto ficou ralo
e para o ralo seguiu
sombrio
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue alegria encontrar este soneto do Marcelo aqui! O trançado do som e do sentido, da forma e do conteúdo chegou no ponto da vertigem. Abraço!
ResponderExcluirGrato e surpreso de estar aqui.
ResponderExcluirSim, Bárbara, eu estou no Pedro II e, salvo engano, você assistiu à aula minha sobre poesia visual...
Grato a todos pelos comentários.
Marcelo Diniz
Cícero,
ResponderExcluirTenho lido na internet alguns sonetos do Marcelo Diniz, e o que mais aprecio é que eles (assim como os do Carlos Pena Filho) fluem muito naturalmente, parecendo que nem estão na forma soneto.
Abraço,
JR
Fique o registro: eu que há tanto tempo acompanho o passar a limpo do Marcelo Diniz em seus sonetos sei que quando finalmente se resolver a publicá-los em livro teremos oportunidade de ler um dos melhores livros de poesia já editados no Brasil. E mais: o Girauta sintetizou com perfeição: o Marcelo e o soneto foram feitos um para o outro. Assino
ResponderExcluirLindo Poema. Mágico lê-lo depois do texto. parabéns a ambos, marcelo e antônio
ResponderExcluirobservador,
ResponderExcluirum momento especial,
texto e soneto casaram-se!
professor marcelo,
parabéns!
abraços, aos dois.