Há quem cultive a dor, Eu invento a alegria. De todo o meu amor, Que vale mais que o dia, Quero legar a história, Quero deixar ao vento (sem ais e sem lamento) Uma justa memória E enxuta fantasia.
Há quem celebre a morte, Eu festejo a alegria. Por graça ou por esporte Ou mesmo por mania, Quero inventar a vida, Quero o melhor carinho Doar a meu vizinho Como a melhor partida De sonho ou de poesia.
Há quem festeje o pranto, Eu invento a alegria, Razão maior do canto, Antes que a cotovia Arquive o nosso idílio, Cancele o meu futuro, Razão maior do puro Clarão deste meu círio Votado à alegria.
INVENÇÃO DA ALEGRIA
ResponderExcluirHá quem cultive a dor,
Eu invento a alegria.
De todo o meu amor,
Que vale mais que o dia,
Quero legar a história,
Quero deixar ao vento
(sem ais e sem lamento)
Uma justa memória
E enxuta fantasia.
Há quem celebre a morte,
Eu festejo a alegria.
Por graça ou por esporte
Ou mesmo por mania,
Quero inventar a vida,
Quero o melhor carinho
Doar a meu vizinho
Como a melhor partida
De sonho ou de poesia.
Há quem festeje o pranto,
Eu invento a alegria,
Razão maior do canto,
Antes que a cotovia
Arquive o nosso idílio,
Cancele o meu futuro,
Razão maior do puro
Clarão deste meu círio
Votado à alegria.
Antônio Lázaro de Almeida Prado
Cicero,
ResponderExcluirIntenso e belo! Valeu!
Um poema novo:
"Seu corpo"
Seu corpo
É pele
É pelo
É poro
É pau
É ponte
Propósito
Poema
É ouro
É osso
É onda
É ósculo
É ótimo
É óbvio
É outro
Olhar
É máscara
É massa
É mármore
É marco
É mais
É mar
É margem
Miragem.
Abraço forte,
Adriano Nunes.