12.1.10

Nicolás Gómez Dávila: de "Sucesivos escolios a un texto implícito"



Quem não se sinta herdeiro até dos seus adversários intelectuais não recolhe senão parte de sua herança.

*

Nada que tenha valor se distingue do que não o tem senão pelo próprio valor.

*

Os filósofos costumam influir mais com o que parecem ter dito que com o que na verdade disseram.



DÁVILA, Nicolás Gomez. Sucesivos escolios a un texto implícito. Barcelona: Áltera, 2002.

14 comentários:

  1. "Thy Friendship oft has made my heart to ache/
    Do be my Enemy for Friendships sake". William Blake

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  2. Gostei do terceiro aforismo.
    Nietszche precatava-nos em relação "ao filósofo apanhado nas teias da linguagem" mas, em boa verdade, devemos precaver-nos sim contra o "intérprete preso nas teias da linguagem",contra o hermeneuta a debater-se com o cânone filosófico,uma herança textual interminável e o seu próprio filologismo (doença cavilosa!) Muita filosofia não é senão isto.

    Parabéns pelo blog!

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  3. Rosa

    Vê como é bela a rosa
    E mais que bela quimera
    Construída pouco a pouco
    Pela razão natural
    Muito além do bem e do mal
    Até tão alto
    Que o peito salta em sobressalto
    E tudo que é são
    Dobra-se a ela
    Rosa, rosa, toda prosa
    Alegre e cheirosa

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  4. Cicero,


    Muito bom! Grato!


    Abração,
    Adriano Nunes.

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  5. Caro Cicero,
    Elegante e necessária postagem.

    PS: sugiro que você utilize mais a sua terceira regra sobre a moderação de comentários (evite estas pedras inúteis do caminho, pois contamos com a longevidade do "Acontecimentos")

    Abraço.

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  6. Cicero,

    Um poema:

    "Finjo caber no sonho" - Para Mariano.


    Sempre quis ter o mundo
    Nas mãos, ganhar a vida
    De uma vez. De partida,
    Com um susto profundo,

    Joguei-me às avenidas,
    Aos prédios do futuro,
    No itinerário escuro
    De passagens perdidas,

    Tentando-me salvar
    Da rotina do lar.
    Afastei-me de mim,
    Pela rota sem fim

    Dessa realidade.
    Ah! Que alegria aflora
    Nas pessoas lá fora!
    Que vontade me invade

    De sumir por aí,
    Sem de mim mais saber!
    Ai, quanto bel prazer
    Tive que reprimir

    Dentro do coração!
    Finjo caber no sonho
    Infindo em que me ponho.
    Ai, que forte emoção!

    Movimenta o meu ser
    Essa imensa esperança
    Que à socapa me lança
    A tudo que hei de ser.

    Deverei quem eu sou
    Àquela idéia bela,
    Àquele cego vôo,
    Rente à minha janela.



    Grande abraço,
    Adriano Nunes.

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  7. Construir o humano
    Encontrar planos ao abandono
    Destilar terceiras às intenções desperdiçadas
    Casos não estudados
    Falidos orgânicos
    A terra sobre o barro
    Mangueados encontros de laços submetidos
    A razão sem destino
    O espiar por trás
    Ao conforto dos sentidos
    Ao caos

    Iana Motta
    www.maisaqui.wordpress.com

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  8. Cicero, ESte TEXTO nÃO É PARA POSTAR!!

    lembrando uma conversa que tivemos em lisboa, pela altura do referendo sobre o aborto, informo (mas já deves saber) que tu e o marcelo já podem vir casar a Portugal! é só dizer, que eu organizo a festa!

    mas os casais do mesmo sexo não têm direito a adoptar e, assim, retirou-se uma discriminação e introduziu-se outra... é o socialismo que temos, infelizmente. mas, tenho confiança, também isso será corrigido um dia.

    abraço gd,
    F.

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  9. paulinho (paulo sabino)13 de janeiro de 2010 às 15:29

    cicero,

    nem li os comentários sobre a última postagem, na verdade, ainda não li o seu artigo, mas, por aqui, já percebi que o texto anterior deu pano pra manga.

    lerei as suas linhas hoje!

    de qualquer modo, achei ótimo esta sua postagem, bem pertinente aos entraves do bom entendimento.

    beijo, lindão!

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  10. Cicero,


    Um poema:


    "De grafite, alegria"


    Nesse céu de grafite,
    Abriguei outro fim
    De tarde, uma alegria
    Em mim, talvez um arco
    Íris da cor da vida -
    É que fiz um poema.


    Grande abraço,
    Adriano Nunes.

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  11. O Gómez Dávila é um autor penetrante e espirituoso. Lembra um pouco o britânico Chesterton e o nosso Nelson Rodrigues ["O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda."], todos católicos. Gostaria de saber se existe algum pensador de esquerda equivalente a eles... Não estou de gozação! Abraços, edg

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  12. O Gómez Dávila é um autor penetrante e espirituoso. Lembra um pouco o britânico Chesterton e o nosso Nelson Rodrigues ["O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda."], todos católicos. Gostaria de saber se existe algum pensador de esquerda equivalente a eles... Não estou de gozação! Abraços, edg

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  13. Antônio Cícero,
    Como sempre: postagem mt interessante!!!

    Abraços!!!

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