nação de pária
Não que me agrade
gaiola ou grade --
pelo contrário.
Não que me aguarde
lá dentro um mar de
rosas: meu páreo
não é bem este e,
como da peste,
corro por fora,
enquanto a esfinge
feroz nem finge
que me devora.
Porém sucede
que, sem parede,
nada me ecoa,
nem a arbitrária
pátria que, pária,
procuro à toa.
ASCHER, Nelson.
Ponta da língua. São Paulo: Max Limonad, 1983.
Cicero, Cicero,
ResponderExcluirQue maravilha! Que lindo, meu Deus! Valeu Nelson Ascher! Valeu Cicero!
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Bela sequencia de poemas sobre a pátria hein?
ResponderExcluirAdorei, Cícero.
ResponderExcluirVir aqui é lucro certo... rsrs
Forte Abraço!
Gosto do ritmo, dos batimentos desse poema. Muito bom!
ResponderExcluirUm abraço.