12.5.09

Alexander Pope, Matthew Prior ou Samuel Coleridge: "Sir, I admit your general rule" / "Tem razão o senhor quando nota"

.



Tem razão o senhor quando nota
que todo poeta é idiota,
mas quem o conhece completa:
nem todo idiota é poeta.


Outra versão:


Tem razão o senhor, que constata
que todo poeta é pateta;
mas quem o conhece arremata:
nem todo pateta é poeta.



Sir, I admit your general rule
that every poet is a fool:
but you yourself may serve to show it
that every fool is not a poet.


Epigrama atribuído ora a Alexander Pope, ora a Matthew Prior, ora a Samuel Coledrige.

20 comentários:

  1. Rsrsrs... Admirável.

    Longe de mim querer dizer que se trata da mesma coisa, mas para mim foi impossível não lembrar de "From a letter from Lesbia", de Dorothy Parker - aqui já postado.

    Obrigado por mais essa pérola, Cicero.

    Abraço.

    Aeta.

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  2. Variação menor:

    Tem razão o senhor, que percebe
    que todo poeta é da plebe;
    mas quem o conhece já sabe:
    nem toda plebe é poeta.


    Abraço,
    w.m.carvalho
    http://esquinasludicas.blogspot.com/

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  3. Antonio, tb não resisti e tentei uma versão. Ói:

    Senhor, admito que tens razão:
    todo poeta é um bundão.
    Mas o senhor mesmo atesta
    que nem todo bundão é poeta.

    Abbracci,

    Paulo de Toledo

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  4. Antônio,
    Muito bom o poema!
    Segue aí um meu!


    RODA VIVA (Victor Colonna)


    Eu repito o poema
    E é sempre outro poema

    Eu releio o poema
    E sou sempre outro

    Eu reescrevo o poema
    E o poema sempre me apaga

    Eu enlouqueço
    E é sempre de novo.

    Eu envelheço o poema
    E o poema sempre avinagra

    Eu bebo
    E o poema anda em círculos

    Eu amo o poema
    E o poema não tem vínculos

    Eu me perco
    E o poema me acha

    Eu termino o poema
    E estou sempre no rascunho

    O poema nunca termina
    Eu é que me acabo.


    http://www.deitandooverbo.wordpress.com

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Até concordo... que continue sendo e sendo e mais sendo. Abraço!

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  7. Valentes!!!!!!!!!

    eu nao arrisco nem rabisco minha version.

    abraço

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  8. Paulo Toledo e Adriano Nunes, gostei do "Bundão" e "Palerma". Rss! Valeu a brincadeira!

    Abraços,
    w.m.carvalho

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  9. continuando...
    Todo poeta é pentelho,bundão e pateta
    diz ele, com toda a razão.
    Mas reconhece o senhor, e não eu
    que nem sempre é poeta, todo pentelho, pateta ou bundão.

    Abraços
    Angela rs rs

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  10. Muito bom.

    Logo podemos pensar que alguns idiotas podem ser poetas, alguns patetas e mesmo alguns palermas.

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  11. Eu tb quero participar, de outro modo:

    Senhor, admito a proposição:
    nenhum poeta tem razão.
    Mas quem o conhece consente:
    só assiste razão ao que mente.

    ***

    Grande abraço!

    Aeta

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  12. Cícero, aqui é Fred, lá do POP. Aí vai o link do meu blog, como prometi enviar para você:

    www.objetosimobjetonao.blogspot.com

    Grande abraço e até a próxima!

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  13. Eis meu grão:

    Sim,acato à regra geral:
    todo poeta é um boçal!
    mas nunca sem a que a completa:
    nem todo boçal é um poeta!

    Marcelo Diniz

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  14. wilson luques costa13 de maio de 2009 às 20:07

    Prezado Antonio Cicero
    Permita-me adentrar essa brincadeira.

    Admito senhor
    Tua geral regra

    Mas mesmo o senhor
    Desmente essa regra

    Que poeta tolo

    é -- pois nenhum tolo, porém,
    dos tolos, poeta também.

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  15. Olá Antonio! Olha, sinseramente eu nunca ouvi falar de tantos adjetivos dirigidos à figura do poeta, porém, se fizermos uma análise mais aprofundada, chegaremos a conclusão que: mesmo sendo plebe, palerma, bundão e pateta, o senhor na regra geral e eterna, sabe que isso não nos arreta, e o quanto é gostoso ser poeta.

    Estive passando, avistei teu espaço, invadi,gostei e não resisti.

    Abraços,

    Furtado.

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. wilson luques costa14 de maio de 2009 às 14:00

    Uma outra in-versão da livre traição.


    Admito senhor
    Tua geral regra

    Mas mesmo o senhor
    Confirma essa regra

    Pois poeta tolo

    É Assim nenhum tolo porém
    Dos tolos poeta também

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  19. lindo, cicero! adorei todas as versões!

    um beijo bom.

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  20. Cicero,

    desculpe desenterrar a postagem, mas gostei do quarteto. Eis minha tradução:

    Senhor, correta é sua regra geral
    de que todo poeta é um tolo,
    mas o senhor é a prova concreta
    de que nem todo tolo é poeta.

    Abraço,

    Erick.

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