Esse é o quarto dos extraordinários “Sete poemas portugueses” de Ferreira Gullar:
4.
Nada vos oferto
além destas mortes
de que me alimento
Caminhos não há
Mas os pés na grama
os inventarão
Aqui se inicia
uma viagem clara
para a encantação
Fonte, flor em fogo,
que é que nos espera
por detrás da noite?
Nada vos sovino:
com a minha incerteza
vos ilumino
GULLAR, Ferreira. “Sete poemas portugueses” Nº4. In:_____. Toda poesia. 1950-1980. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. P.18.
Muito bonito.
ResponderExcluirENCANTADOR CÍCERO:
ResponderExcluirRECOMENDO A TI: "AS PÊRAS" ( AQUI VAI UM FRAGMENTO)
"As peras, no prato,
apodrecem.
O relógio, sobre elas,
mede
a sua morte?
Paremos a pêndula. De-
teríamos, assim, a
morte das frutas
Oh as peras cansaram-se
de suas formas e de
sua doçura ! As peras,
concluídas, gastam-se no
fulgor de estarem prontas
para nada.
O relógio
não mede. Trabalha
no vazio: sua voz desliza
fora dos corpos.
(…)"
CÍCERO ,
ResponderExcluirSÃO: AS PERAS... o site da internet que usei estava grafando " AS PÊRAS" e eu nem me dei conta...
Um grande abraço!
P.S.: descobri o seu blog hoje...sou seu fã: paz e luz! continue escrevendo, compondo,filosofando - você emite luz ao mundo!
CÍCERO
ResponderExcluirO ATÔNITO METEORO
METE-SE ADENTRO
E GUARDA-NOS
COMO QUEM DEIXA
À TOA. EIS A PESSOA:
MARINA DE VERSOS!
ADRIANO NUNES, MACEIÓ-AL
Obriado pela força, Adriano. Valeu.
ResponderExcluirAbraço