20.3.07

Conservadores e reacionários

Hoje, Luiz Felipe Pondé assina, na Folha de São Paulo, um artigo intitulado “Dez teses contra Babel”. A primeira tese começa com a afirmação de que “Reacionário é um termo comum em assembléia e bares. Visa tornar a vítima inelegível para jantares inteligentes, aniquilando a sua vida acadêmica”. Dado que a chamada para minha entrevista à Ilustrada (03/03) dizia “Há uma ofensiva reacionária no país” e, na entrevista, eu mencionava explicitamente Pondé, suponho que é a mim que ele visa, ao tentar desqualificar os usuários do termo “reacionário”.
Garanto que não tive a mínima intenção de privá-lo de jantares inteligentes ou de aniquilar a sua vida acadêmica, e que espero sinceramente que nenhuma dessas duas coisas tenha ocorrido ou venha a ocorrer por causa da minha entrevista. Tampouco me interesso pela linguagem comum em assembléias ou bares. Minha intenção foi simplesmente a de ser preciso. Dado que não vivemos, hoje, na Idade Média, aqueles que defendem a restauração de valores medievais não querem conservar coisa alguma: logo, não devem ser chamados de “conservadores”. A palavra certa para eles é “reacionários”.

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