1.3.15

José Almino: "Outro dia"




Outro dia

A luz era variável e branda,
sem tirar nem por.
E o rio corria lento atrás das casas,
só faltava falar.

Sem tirar nem por.

Cedinho, as costureiras,
gente tão mansa e afável,
passavam, 
entristeciam a alva em surpresa.

E a poesia era desnecessária.





ALMINO, José: "Outro dia". Inédito.

4 comentários:

  1. Que poema manso e bom! Sou fã da poesia do José Almino e torço para um novo livro.
    Obrigada, Cicero, por publicá-lo.
    Parabéns!

    Paula Padilha

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  2. Paula,

    também sou fã da poesia do José Almino e torço para que o novo livro não demore a sair.

    Abraço

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  3. eu gosto muito da poesia do José Almiro, demorei a conhecer mas agora já faz parte dos poetas que leio :)

    :)

    abraço.

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  4. Gostei muito desse poema do Almino.
    Márcia Cavalcanti

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