16.6.14

Paul Verlaine: "Chanson d'automne" / "Canção de outono": trad. Guilherme de Almeida





Canção de outono

Estes lamentos
Dos violões lentos
Do outono
Enchem minha alma
De uma onda calma
De sono.

E soluçando,
Pálido, quando
Soa a hora,
Recordo todos
Os dias doidos
De outrora.

E vou à toa
No ar mau que voa.
Que importa?
Vou pela vida,
Folha caída
E morta.



Chanson d’automne

Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.

Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure

Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.



VERLAINE, Paul. "Chanson d'automne". Trad. Guilherme de Almeida. In:_____. Poetas de França. São Paulo: Babel, s.d.

9 comentários:

  1. Cicero,


    amo este poema e já o havia traduzido:


    Paul Verlaine: "Chanson d'automne"


    "Chanson d'automne"

    Les sanglots longs
    Des violons
    De l'automne
    Blessent mon coeur
    D'une langueur
    Monotone.

    Tout suffocant
    Et blême, quand
    Sonne l'heure,
    Je me souviens
    Des jours anciens
    Et je pleure

    Et je m'en vais
    Au vent mauvais
    Qui m'emporte
    Deçà, delà,
    Pareil à la
    Feuille morte.


    "Canção de outono" (Tradução de Adriano Nunes)


    Os suspiros infindos
    Dos violinos
    Do outono
    Ferem meu âmago
    Com langor
    Monótono.

    Tão sufocado
    E pálido, quando
    Chega a hora,
    Rememoro
    O tempo passado
    E choro.

    E me transporta
    Malvado vento
    De um lado
    A outro, tal
    Qual uma
    Folha morta.




    In: VERLAINE, Paul. "Oeuvres complètes". Paris: Librairie Léon Vanier, Éditeur, Quatrième Édition, 1908.


    Abraço forte,
    Adriano Nunes

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  2. Que bela tradução, Adriano! Parabéns!

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  3. Que bela tradução, Adriano! Parabéns!

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  4. Eu sempre amei esse poema, diria que e' o meu favorito. Juntamente com o 'The road not taken', de Robert Frost. E com a 'Cancao do Exilio', de Goncalves Dias. Eu queria ter escrito isso...

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  5. Também gostei da tradução do Adriano Nunes. Amo este poema desde que conheci a tradução do Guilherme de Almeida nos anos 70. Cheguei a compor uma melodia para a tradução dele. Agora mais recentemente retomei o poema e a música, mas acabei compondo e gravando com o poema original. Confesso que a música ficou mais bonita no original. No momento estou gravando um clipe que pretendo lançar no youtube. Se alguém quiser conhecer meus trabalhos poéticos e musicais pode acessar youtube.com/alvaroluizcardosoVID ou minhas páginas no facebook.com/alvaroluizcardoso . Cícero sou muito seu fã por causa das composições cantadas pela Marina nos anos 80. Eu também cantei muitas delas na época. Abraço fraternal!

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  6. Caro Álvaro Luiz Cardoso,

    muito obrigado pelas suas palavras. Gostei muito de seus trabalhos no youtube.com/alvaroluizcardosoVID, e os recomendo a quem por aqui passar.

    Abraços

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  7. Prezado Antonio Cicero. Acabei de publicar o clipe de minha Chanson com Verlaine no youtube. Estou deixando o link. Adoraria se comentasse. Abraço fraternal!

    https://youtu.be/Zdq04sNaowI

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  8. Parabéns, Álvaro Luiz Cardoso dos Santos! Ficou bem bonita a canção.

    Grande abraço

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  9. Agradeço pela atenção, espero poder dar continuidade ao meu projeto que tem um leque de diversidade musical e poética.
    Desejo a você tudo de bem, de bom e de melhor. Penso: se vier algum tropeço eu cresço. Algum desencanto eu faço música e canto. No caminho desejo carinho e ao coração, compreensão. Que nossa Vida e nossa Arte tenham sempre a motivação que permeia a emoção. Que a amorosa fraternidade seja a Luz que conduz a humanidade. E que os amigos e parceiros verdadeiros, que sempre estão presentes, ainda que distantes, sejam a nossa inspiração. Feliz Ano Novo com Saúde e Prosperidade! Luz y Alegria!

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