20.6.14

Noemi Jaffe: "no prison"





no prison
worse
than perfection

no crime
worse
than time

no mendicancy
worse
than money

and, oh, nothing
sort of,
worse than love.




Noemi Jaffe

3 comentários:

  1. (COM BREVES CORREÇÕES)

    Poema em linhas tortuosas, por não saber Inglês

    Nunca conheci eu mesmo: seja levando porrada ou no pódio mais escuro desta utopia que não cessa.

    Todos os meus amigos ditosos fazem festa no facebook, e tomam drinks no face book, e leem duas ou três palavras de Caio F. e soltam fogos de artifício
    e postam frases no twitter estilosas, fumacentas, inchadas de tanto vazio acumulado.

    E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
    Eu tantas vezes irrespondivelmente sumido,
    Indesculpavelmente desantenado,
    Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar um café na esquina,
    Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, vaiodoso;
    Que tenho enrolado os pés publicamente nas calçadas esburacadas da minha alma,
    Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
    Que tenho sofrido de barriga cheia, (e com a cara mais lavada do mundo, levitando em queixumes de meia tijela);
    Que quando não tenho esticado o grito, tenho sido mais ridículo ainda;
    Eu, que tenho sido cômico nas cirandas da minha rua,
    Eu, que sinto a necessidade de aprender inglês, mas não vou, não vou...
    Eu, que passei a vergonha de ter eliminado qualquer possibilidade de cursos pagos por papai e mamãe (nem precisou drama. O velho era prático, é prático. - Não quer, tudo bem. O problema é seu! E terminou sendo mesmo um problema meu);
    Eu, rebelde sem causa só sabia da hora do futebol e do soco, e pior que agachar-me da virulência do ato (afinal, violência é uma das formas de suicídio )
    gingando-me para fora da possibilidade do soco,
    anulei meu oponente e dei-lhe um soco (mas levei oito);

    Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
    Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

    Toda a gente que eu conheço e que anda nas ruas, nas nuvens ou em círculos estelares
    Nunca teve um ato ridículo, nunca jogou uma guimba de cigarro no asfalto;

    Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes, Reis e Dj's - na vida...

    Sem trono, sem chances quaisquer na realeza do meu bairro,
    permaneço sem ler os originais
    de todos os poemas estrangeiros sem tradução;

    E ainda hoje, mesmo depois de tanto coágulo, mesmo depois de
    tudo isso
    só consigo
    pedir
    perdão.

    (já é algo, man non troppo...)

    Arsenio Meira

    ResponderExcluir
  2. Cicero, obrigado! Escrevi como um Narciso envergonhado (mas Narciso...)

    Abraços
    Arsenio

    ResponderExcluir