Templo
Eu persigo a labareda
insurgente
que entretece
os dias sem rascunho.
Eu que me junto
aos retalhos
e encontrado sigo
a perder-me; eu que antevi
a cara do mito
e cerzi o cristal
dos sonhadores.
Vem lava incendida
que poliniza as mulheres;
vem chuva secreta!
Meu templo é o das florações
imaginárias: o design orgástico
nas palavras
e o preço escrito nas vísceras.
MARANHÃO, Salgado. O mapa da tribo. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013.
Cicero,
ResponderExcluirbelo poema! Grato por compartilhá-lo.
Abraço forte,
Adriano Nunes