Agradeço a meu amigo Adriano Nunes por me ter dedicado o seguinte, belo poema:
Solidão
para Antonio Cicero
Na solidão da minha casa,
Cada coisa está acompanhada.
Garfo e faca,
Sala e sofá,
Terno e traça,
Rádio e rack,
Medo e máscaras.
Para lá,
Para cá,
Só eu ando
Procurando
Os fragmentos da minha alma
Perante as pétalas das dálias
Do grande jardim que não há,
Para ir ter comigo, para
Ter-me como o meu próprio par.
Na solidão da minha fala,
Vê, é quase
Tudo ou nada!
A palavra
Velada, a palavra que vale,
A palavra
Relida, a palavra lacrada,
Palavra que parece dar
Outra palavra, um canto, mas,
Súbita, sagaz, à socapa,
Essa palavra que se traça
Logo escapa.
Na solidão da minha casa,
Cada coisa está acompanhada.
Garfo e faca,
Sala e sofá,
Terno e traça,
Rádio e rack,
Medo e máscaras.
Para lá,
Para cá,
Só eu ando
Procurando
Os fragmentos da minha alma
Perante as pétalas das dálias
Do grande jardim que não há,
Para ir ter comigo, para
Ter-me como o meu próprio par.
Na solidão da minha fala,
Vê, é quase
Tudo ou nada!
A palavra
Velada, a palavra que vale,
A palavra
Relida, a palavra lacrada,
Palavra que parece dar
Outra palavra, um canto, mas,
Súbita, sagaz, à socapa,
Essa palavra que se traça
Logo escapa.
NUNES, Adriano. "Solidão". http://astripasdoverso.blogspot.com.br/2012/09/adriano-nunes-pela-palavra-para-antonio.html.
2 comentários:
Cicero,
que delícia! Viva! Viva!
Abraço forte,
Adriano Nunes
Caro Cicero,
te mandei um e-mail, segue abaixo meu último poema.
Grande abraço!
O CÉU PAIRA
O céu paira —
imenso guarda-sol
aberto
na praia
o mar
na beira da margem
nos cerca e separa
enquanto a areia oferece
em cada criatura
estendida na bancada
uma forma rara,
coberta dos pés à cabeça
de sal
olhares
e sol.
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