26.7.12

Anacreontea 23: trad. Antonio Cicero








4 comentários:

  1. Imaginei-te
    Vindo a mim
    Como uma cotovia
    E eu não te via
    Imaginei-te como
    Uma serenata
    Seus cabelos ao vento
    Esvoaçantes
    Compridos e arremetidos
    Entre os lírios
    E seu olhar doce
    A imaginar entre olhar
    E eu te via
    Pelas escadas rotas
    rotas
    Ah, esse nervo de aço
    Coração no descompasso
    Vês, é a hora tardia?
    Já passa do meio-dia?
    O vento atravessa
    Deixando sua palma
    Sofro contudo
    Não fico mudo.

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  2. Que beleza, Cícero! A resistência dessa lira ressoa longe.
    Valeu mesmo!
    Abraço.
    Jefferson

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  3. Às vezes a lira deve cantar outros temas, mas é óbvio que sua vocação natural é o amor. Ficou muito lindo!

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  4. Que bom ter você para nos revelar essas lindezas, grata.
    Cris Dias

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