19.5.12

Zé Miguel Wisnik / Antonio Cicero: "Os ilhéus"




Fiquei feliz de saber que o cantor e compositor Arthur Nogueira postou em seu blog a canção "Os ilhéus", que Zé Miguel compôs ao musicar meu poema do mesmo nome. Orgulho-me muito dessa parceria, de modo que remeto os leitores do Acontecimentos ao belo blog do Arthur: http://arthurnogueira.blogspot.com.br/2012/05/os-ilheus.html.

9 comentários:

  1. querido,

    uma de suas mais belas canções. comovente! obrigado pelo afago. fico feliz que você tenha gostado do post.

    beijo grande,

    arthur.

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  2. Puxa, o poema é genial! E tem uma sintaxe que não facilita o trabalho do músico. As rimas tb não facilitam esse trabalho. Entretanto, a canção ficou bonita, o piano e a bateria num dueto muito elegante. Gostei muito mesmo. Parabéns a todos. Abç. Antonio.

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  3. Muito obrigado,

    Beto, Arthur e Henrique Wagner.

    Abraços

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  4. Meu caro Cícero,

    pois dou também um pequeno depoimento pessoal: não faz muito eu adquiri os dois CDs do Wisnik que formam o "Indivisível". belos, joias e pérolas raras ali estão aos muitos e aos poucos.
    me chamou demais a atenção esta canção e passei a ouvi-la seguidas vezes e seguidas vezes no carro (que é quando tenho mais tempo de ouvir música, nos trajetos longos que faço quase diariamente). abissal beleza.
    outro dia achei no youtube (http://www.youtube.com/watch?v=fiugclQh_zg) uma belíssima apresentação do Wisnik com uma banda maior do que a que está na gravação do CD (com, entre outros Nestrovski, Luiz Tatit e Marcelo Jeneci)apresentando a canção num recital na UFRGS (se não estou enganado). postei-a no Facebook e foram inúmeros os comentários de admiração suscitados pela canção.
    só me resta declarar amor por uma canção de fato espetacular. e te agradecer.

    um abraço do Roberto Bozzetti

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  5. O interessante na linguagem poética é que no texto postado no blog (e no livro) constam "Uma sombra pode vir do céu", e ele canta "Uma onda pode vir do céu".
    E, embora "onda" e "sombra" não sejam sinônimos nem tenham sequer significados assemelhados, ambas cabem no texto, e não só pela sonoridade próxima.
    Sendo "sombra", o que vem do céu aumenta o mau agouro, e sendo "onda", ganha maior poder destrutivo.
    JR.

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  6. Muito obrigado, caro Renato Bozzetti. Fico feliz com sua apreciação.

    Abraço

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  7. Obrigada por criar uma música tão bela,
    um abraço,
    Luciana

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  8. Cícero e João Renato,

    de fato, não lembrava que no livro o primeiro verso fala em "sombras" em vez "ondas" como está na canção. curioso é que quando ouvi pela primeira vez - ou a primeira vez em que dei lhe maior atenção - "ondas" de imediato ecoou em "impONDerável". teria sido sobretudo a sonoridade que encaminhou o trabalho de Wisnik? há reforços para essa hipótese com as sonoridades combinadas de "TAMpa de UM ataÚDE/IMPEDE que se aFUNDEm" "atlÂNTIDas". seja como for, a imagem tsunâmica tem mais a ver como o Wisnik de "São Paulo-Rio" e algumas outras obsessões perceptíveis no trabalho dele como compositor.
    Cícero, essa "tampa de um ataúde" me traz um eco baudelairiano ("couvercle") daquele celebérrimo "Spleen" analisado por Auerbach, além da "Cidade submersa" de Paulinho da Viola.
    Me chamou a atenção também o fato de o poema ter uma estrutura não rígida, mas subjacente, de soneto (posso considerá-lo um soneto, acho que sem maiores problemas), o que também está na melodia nele desentranhada por Wisnik, com uma divisão interessante na melodia, elevada de súbito no que seriam os tercetos..."Em arqupélagos os ilhéus".
    Enfim, uma canção para deleite.

    Abraços
    Roberto Bozzetti

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