Neblina
Neblina densa, às vezes,
(poder-se-ia quase
cortá-la em cubos como
se fosse gelo) sobe
da terra ou baixa abrupta
do céu, quando se desce
(quem do planalto rume
ao litoral) a Serra
do Mar, à noite, após
a chuva ou antes dela,
nem há como julgar
qual treva, seja a preta
ou seja a branca, é mais
cerrada, sobretudo
porque não se distinguem
(escura sinergia)
sequer uma da outra,
levando a questionar
no meio do caminho
se, posto que amanheça,
há de amanhã sair
o sol de sempre ou mesmo
se à beira mar –quem sabe
dizê-lo- ainda há mar.
ASCHER, Nelson.
Algo de sol. São Paulo: Ed. 34, 1996.
Visito seu blog com alguma regularidade. Gosto dos seus poemas e dos poemas que vc gosta. Adoro Nelson Ascher, por exemplo. Gostaria de saber para onde posso mandar um poema escrito por mim. Gostaria de que vc lesse. Abraço e parabéns pelo blog.
ResponderExcluirCaro Henrique Wagner,
ResponderExcluirmuito obrigado. Envie-me o seu e-mail como comentário aqui. Eu não o publicarei, mas escreverei para você.
Abraço
Impossível não dizer que esse belo poema me remete ao mesmo mais novo, que acabei de postar aqui blogger.
ResponderExcluirhttp://leandrojardim.blogspot.com.br/2012/05/ceu-mesa.html
Abraços queridos.
Cícero, estou sempre dando uma passada pelo seu blog. Gosto muito de sua luminosidade poética. Ando por aqui em plena efervescência do lançamento de meu livro de contos "Pequenas Histórias do Delírio Peculiar Humano". Estou feliz.
ResponderExcluirAbração
O Falcão Maltês
sobosignodegemeos@gmail.com
Que bom, Antonio!
ResponderExcluirParabéns pelo livro
Vai haver lançamento no Rio? Tomara que sim.
Abraço grande