20.4.11

Guillaume Apollinaire: "La carpe" / "A carpa": tradução de R. Magalhães Junior




A carpa

Carpas, viveis tão longa vida
Nesses viveiros de água fria!
Será que a morte vos olvida,
Ó peixes da melancolia.



La carpe

Dans vos viviers, dans vos étangs,
Carpes, que vous vivez longtemps !
Est-ce que la mort vous oublie,
Poissons de la mélancolie.




APOLLINAIRE, Guillaume. Alcools, suivi de Le bestiaire illustré par Raoul Dufy et de Vitam impedere amori. Paris: Gallimard, 1978.

APOLLINAIRE, Guillaume. "As carpas". Tradução de R. Magalhães Júnior. In: MAGALHÃES JÚNIOR, R. Antologia de poetas franceses. Rio de Janeiro: Gráfica Tupy, 1950.

5 comentários:

  1. "Falo neste lugar onde se morre"
    M. Blanchot.

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  2. Que beleza de poema, e que beleza de tradução! Dá gosto.

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  3. poema de Marianne Moore, tradução minha.

    Arthur Mitchell

    Slim dragonfly
    too rapid for the eye
    to cage –
    contagious gem of virtuosity –
    make visible, mentality.
    Your jewels of mobility

    reveal
    and veil
    a peacock-tail.


    Arthur Mitchell

    Libélula arisca
    tão rápida que da vista
    escapa –
    contagiosa pedra de virtude –
    mentalidade, seja óbvia.
    Tuas venturosas jóias

    revelam
    e velam
    uma cauda de pavão.

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  4. “Pois viver mal e sem espírito (phronimôs), dizia o sábio (sôphronôs) e piedoso (osiôs) Demócrito, não é, apenas, viver mal, mas ir morrendo durante muito tempo” (Porfírio, Sobre a abstinência, IV, 21).

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