8.12.09

Daniel Maia-Pinto Rodrigues: "O meu avô acreditava em cinco coisas"




O meu avô acreditava em cinco coisas.
Eu só acredito em duas.



RODRIGUES, Daniel Maia-Pinto. "O meu avô acreditava em cinco coisas". De Malva 62, 2005. In: Poemas portugueses. Antologia da poesia portuguesa do século XIII ao século XXI. Seleção, organização, introdução e notas de Jorge Reis-Sá e Rui Lage. Porto Editora: 2009.

8 comentários:

  1. Cícero,

    gostei muito deste poema. É seco, incisivo. Segue aí um meu.


    EM ATRASO (Victor Colonna)


    O tempo se divide rapidamente:
    O futuro me passa para trás
    E só resta o passado pela frente.
    A vida exige minha presença
    E eu respondo:
    Ausente!

    ResponderExcluir
  2. o meu avô teria hoje 79 anos, foi colega de Mario de Andrade, e nos anos 80, se encantou com Cazuza: - para esse menino tudo pode!

    ResponderExcluir
  3. Bom Dia, Cicero!

    Segue um poema que escrevi:

    retirar-se do perigo
    dos abismos
    das doenças
    dos dragões
    nada tem a ver com salvar.

    livrar-se do maldito
    dos cinismos
    das crenças
    dos ladrões
    nada tem a ver com salvar.

    salvar é acariciar o indesejável
    brincar no meio da rua
    desejar todos os sexos
    ou ainda
    viver o remédio como
    se vive a moléstia.
    comer a hóstia como
    se bebe vinho.
    ou ainda
    ser preto no branco
    como sal entre areia escura

    salvar é deixar em ruína
    tudo que é seu tempo.
    é deixar em silêncio
    o som nos tímpanos.
    (Jefferson)

    ResponderExcluir
  4. Cicero,


    Eu creio em uma: na razão!


    Meu poema mais recente:


    "Confortam-me as ondas" - Para Antonio Cicero.


    Saudade do mar,
    Dessa vida aberta
    A todo horizonte,
    Dessa vista atenta
    A tudo: Sereias,

    Surfistas, faróis.
    Confortam-me as ondas
    Das rádios, ruídos
    De sirenes, rastros
    De seres que passam.

    Que agora se diga
    Do gosto de sal
    À língua: que fiz
    Dos versos na areia
    Da praia do sonho?




    Grande abraço,
    Adriano Nunes.

    ResponderExcluir
  5. Obrigado, Adriano, por me dedicar mais um belo poema.

    Abraço

    ResponderExcluir
  6. Não sei se teria a audácia de escrever um poema assim...

    Grande abraço!

    ResponderExcluir
  7. Pus-me a contar e também só acredito em duas.

    ResponderExcluir