15.1.09

William Carlos Williams: "the red wheel barrow" / "o carrinho de mão vermelho"

.



XXII

tanta coisa depende
de

um carrinho de mão
vermelho

vidrado pela água da
chuva

perto das galinhas
brancas.



XXII

so much depends
upon

a red wheel
barrow

glazed with rain
water

beside the white
chickens



De: WILLIAMS, William Carlos. "Spring and all". In: LITZ, A. Walton e MACGOWAN, Christopher (orgs.) The collected poems of William Carlos Williams. New York: New Directions, 1986.

6 comentários:

  1. Antonio,

    Para Waly...


    ***TARA POÉTICA*** (Para Waly Salomão)



    Teus lábios, libido
    Tensa. A tentação
    O que não seria


    Se breve a alegria
    Não fosse? Coração
    Teria cedido


    Às tuas estáticas
    Taras. Nunca tive
    Vontade de nada.


    Talvez desarmada,
    Sem alma, só, livre
    Dessa matemática


    Sufocante, tudo
    Vire apenas sexo
    Ou verso de amor.


    De nós dois vazou
    O gozo perplexo,
    Depois de desnudos...


    Na "Câmara de Ecos".


    Beijos,
    Cecile.

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  2. C'est simple à de dire, très simple, je ne sais pas parce qu'il ne sort pas ainsi qu'un poème, ou comme un éternuement, ou avec une légèreté inégale comme un roulement de tambours d'ailes d'un papillon ou d'un oiseau bien petit, de ces coloris qui font des nids dans le moyen de plantes. C'est simple à de dire, très simple, est de ces choses qui tous doivent dire une fois ou autre, ou déjà ont dit le moins une fois. Je reste en pensant s'il y aurait quelqu'un qui allait dire plus il reste en regardant la mer et en pensant et finit en passant heure où c'était pour être dit et alors il entre dans la mer et, comme moi, se mouille et rien et ne plonge et la mer va en laver tout et purifica tout et rien plus importe. C'est simple à de dire, très simple, suffit de regarder et de résumer quelques choses qui confondent dire parce que toujours il y a autres côtés ils lesquels méritent de ne pas dire dont devoir être dit et donc quelques fois ne se dit et se finit ne pas en dire et de rien n'avance pas parce qu'une heure la chose vient excepté d'heure et dire doit être dit, type de chose qui non écrire, doit d'être parlée oeil dans l'oeil ni lequel il donne ou ni que seulement le regard déjà dise et doit de l'être donc que malgré simple toujours il a deux côtés et finit ni en étant aussi simple ainsi et semble que tant que si pense à parler l'intérieur lui-même va en dédire tout et la pensée dont il était défini perd la force et sans force il nage dit. C'est simple à de dire, très simple, aussi simple que même qu'il ne se dise pas déjà est défini et déjà se comporte comme déjà dit et pra qui dira, si tu déjà savez ? Baiser à son coeur Cícero , GRAAL

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  3. Entre as papoulas
    vermelhas e brancas
    vaso transparente
    encontrei uma pedra
    depois outra
    empilhei-as todas
    num pedaço de papelão.

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  4. Amado Cicero,

    Para você... acabei de fazer!

    "ICTUS CORDIS" ( Para Antonio Cicero)


    Madrugada. Onde será
    Que se escondem os meus desejos?
    Por quais portas partem de mim
    E migram, sem paz, para a sala,
    Para os livros, por corredores,
    Em silêncio, dando mil voltas
    Em redor das horas, sem fim?
    O sono não vem e convence-me


    De que o azul se perde no céu
    E o branco das nuvens remove
    Essa dispersão distorcida
    Do dia. São diagonais
    Diferentes ferindo os vértices
    Da alegria e da sua leveza,
    Sorvendo as margens da manhã.
    Nunca serão só meus remorsos


    Mórbidos, em órbita, n'alma
    Os desencontros da saudade.
    Outrora, feliz fui somente
    E fugi de mim feito espectro
    Forçado a viver de esperanças.
    Outra ilusão? Outra vertigem
    Diverte assim meu coração
    Em desespero. Os nossos corpos


    Confundem-se e coram-se os sóis
    Do veneno de todo Vernáculo.
    Nada me deixa respirar
    E a vida revira-se e some
    No circo dessas circunstâncias,
    Enquanto Circe me circunda
    E o seu feitiço é feito: Não
    Há mais a noite e nem a névoa


    Sobrevoando o breve instante.
    Cobiço a luz da Estrela D'Alva,
    Pela vidraça da janela,
    Mas o seu brilho me embrutece.
    Dentro de mim, o que supus
    Ser, lá fora, grita: Quem sou?
    Daqui, vejo a chuva cair.
    Formam-se véus em minha retina.


    À madrugada, quem verá
    O meu sonho trilhar por todos
    Os propósitos das estrelas,
    Vagar pelas frestas dos frêmitos
    Da vida que, ainda ferida,
    Pulsa, Gáveas, Grécias, Galáxias
    Galgar, desprender-se do vácuo,
    Despertando pedras e, passo


    A passo, portões, precipícios
    Profundos, pensamentos, prados,
    Pontes, paredes, torres, trânsito,
    Planícies, planaltos, províncias,
    Prédios, trincheiras, tribunais
    Ultrapassar? Como querer
    Ganhar a Aurora, sem as áureas
    Promessas de todo poema?




    Beijo imenso e obrigado por existir!!

    P.S.: viu a foto minha com alguns livros meus em meu blog?? veja qual tá por cima do meu coração!!!

    Adriano Nunes.

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  5. Muito obrigado, Adriano.

    Independentemente dele ser dedicado a mim, acho esse um dos seus poemas mais bonitos.

    Abraço

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  6. massa, cicero!

    porque TUDO depende, tudo pende-de tantas outras coisas... lembrou-me, este poema, um do arnaldo antunes, do livro "et eu tu", que fala sobre como não existe 'coisa em si', sobre como não há coisa que seja independente de outra(s) para a sua composição.

    adorei!

    beijo, poeta-farol!

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