23.5.08

António Ramos Rosa: "Onde os deuses se encontram"

ONDE OS DEUSES SE ENCONTRAM


Não busques não esperes

Como procurar a nudez do simples?
Os deuses encontram-se no refúgio aberto sombreado

O círculo dilata-se e dilata-nos
O lugar revela-se no esplendor da luz

O mar levanta as suas lâmpadas brancas

Diz de novo a fascinante simplicidade

Diz agora as minúcias
deslumbrantes
arcos na areia insectos frutos

Tanta luz tanta sombra iluminada!

3 comentários:

  1. observador,

    António é um poeta que leva uma parte de nós para um cais qualquer.

    não devolve, eu bem sei. acostumei em perder partes para ele.

    é bem verdade que ele deixa "coisas" nos lugares das partes levadas.

    coisas que vão se apresentando quando precisamos muito de poesia.

    é verdade também que são coisas incríveis, indomáveis, amantes, serenas, filosóficas, mundanas...

    coisas com as quais não conseguimos viver sem!

    uma que guardo (no mesmo sentindo que ganhou a palavra "guardar" por causa de outro antônio genial!):

    "Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra."
    (uma voz na pedra)

    grande viagem seu blog,
    grande abraço!

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  2. Muito boa a sua música com a Adriana calcanhoto


    Não paro de ouvir

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  3. Agradeço as palavras da Betina Moraes e as do Marechal Carleto.

    Antonio Cicero

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