tag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post8196173339278354970..comments2024-03-15T11:34:24.681-03:00Comments on ACONTECIMENTOS: Sobre "Identidade e violência"Unknownnoreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-20695537697986110362008-06-20T20:16:00.000-03:002008-06-20T20:16:00.000-03:00lindo, cicero!adorei o artigo!essa é uma grande di...lindo, cicero!<BR/><BR/>adorei o artigo!<BR/><BR/>essa é uma grande discussão na historiografia: como a criação das identidades culturais se dá, se calca, por escolhas aleatórias, de características que são eleitas como representativas de um determinado grupo, ou população, ou pessoas de uma mesma região, de um mesmo estado, grupo social, etc. etc.<BR/><BR/>tomando o brasil como exemplo, essa questão, pra mim, é muito clara, a pretensão de se criar uma identidade carioca, baiana, brasileira, enfim, escolhendo características que são atribuídas a todas as pessoas pertencentes àquela determinada área. imagina, isso é uma grande besteira! dizem por aí: o futebol é o esporte de todo o brasileiro, é a cara do brasil. curioso que eu me veja a cara do brasil, me sinto muitíssimo brasileiro, e não gosto de futebol (rs). lya luft, numa entrevista, se não me engano no "conexão roberto d'ávila", disse que não aceita ser considerada menos brasileira porque não é mulata, ou negra, nem baiana e nem usa batas e guias. e ela está certíssima. que cara tem o brasil? os brasileiros? os cariocas? os paulistanos? os baianos? os soteropolitanos? os gaúchos? que loucura, nem pensemos em cálculos, são múltiplas, milhares de caras (rs)! <BR/><BR/>(só eu devo ter uns 237 rostinhos... em uso, meu bem! rs)<BR/><BR/>e, dentro dessa questão, a razão crítica não pode ser vista também como uma "característica" das sociedades européias, que estas elegeram para a formação de suas identidades. aí é embolar o meio de campo todo (rs)! como você mesmo já escreveu, razão crítica não tem nada a ver com culturas, é algo, antes, inerente a nós, seres pensantes, devidamente adjetivados "racionais". e é exatamente porque ela, a razão crítica, é algo antes de qualquer coisa, é algo antes de qualquer característica - é a razão crítica o que nos faz vivos na condição de seres pensantes -, que não podemos nem devemos abrir mão dela. nunca! <BR/><BR/>concordo com tudo e assino embaixo, antonio cicero correa lima.<BR/><BR/>uma bitoca gostosa!<BR/>e um carinho profundo do seu náufrago náugrafo!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-69407575813160990642008-06-17T19:10:00.000-03:002008-06-17T19:10:00.000-03:00Moro nos EUA há um ano, e tenho verdadeiro asco de...Moro nos EUA há um ano, e tenho verdadeiro asco de ser identificada como "latina"- especialmente latin(a); ainda mais como "hispânica", já que o nivel de ignorância é esse mesmo - não se sabe do uso do Português na América; isso quando não se houve "chica" nas ruas; ou pior ainda, quando alguém tenta claramente me defender, ou ressalvar um direito cotidiano meu, por eu não ser "branca". Um show de horrores.<BR/>Mas o que eu não consigo realmente compreender é como os negros desse país suportam o nível de "misericórdia" que é especialmente reservado para eles. Só para ilustrar, o debate na CNN- USA que fazia o seguinte questionamento para o público:"você acha que os imigrantes ilegais tomam os possíveis empregos dos negros?"e os "brancos"discutiam a questão de maneira fervorosa - sem comentários.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-84223287661361359772008-06-17T13:56:00.000-03:002008-06-17T13:56:00.000-03:00Antonio,Concordo plenamente com esses trechos da e...Antonio,<BR/><BR/>Concordo plenamente com esses trechos da entrevista. E acrescentaria que a luta por "identidade", além de pior do que a luta pelos direitos, sabota justamente os direitos dos que julga defender, já que cria um nível intermediário entre o indíviduo e o direito. Com a "identidade" é preciso que cada indivíduo primeiro se faça perceber como membro de uma coletividade, seja aceito por uma instancia superior como vítima merecedora de reparações, para que depois obtenha os direitos que já lhe deveriam ser garantidos desde sempre.<BR/><BR/>grande abraço,<BR/>lucasLucas Nicolatohttps://www.blogger.com/profile/14525082863888278261noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-58070993371331834252008-06-17T11:59:00.000-03:002008-06-17T11:59:00.000-03:00Caro Denny,Nesse ponto, penso como o Rorty, citado...Caro Denny,<BR/><BR/>Nesse ponto, penso como o Rorty, citado acima pelo Mariano. Penso que é importante falar de grupos de interesse e defender os direitos desses grupos. Mas considero uma mistificação essêncialista falar de “identidade”. <BR/><BR/>Além dos excelentes trechos citados pelo Mariano, há um outro, no final dessa mesma entrevista, <BR/>em que ele diz:<BR/><BR/>“Houve o que chamam de feminismo de primeira onda, em 1920, a questão do sufrágio, e ninguém achava que era uma questão de identidade, era uma questão de direitos. Depois o feminismo de segunda onda se dividiu entre pessoas que diziam ‘direitos’ e as pessoas que diziam ‘identidade’, porque haviam lido francês. Os americanos, na minha opinião, falam demais sobre direitos. Mas, entre direitos e identidade, é melhor falar sobre direitos. É melhor dizer simplesmente ‘é injusto’ do que dizer ‘minha identidade não está sendo reconhecida’. Acho que a identidade virou objeto de fetiche. Os intelectuais nos EUA passam 90% de seu tempo falando sobre identidade, isso não tem ligação com uma disciplina política, é uma espécie de preocupação estética.” Concordo com tudo isso.<BR/><BR/>Abraço.Antonio Cicerohttps://www.blogger.com/profile/16263107813619900521noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-58754652305909184322008-06-17T11:29:00.000-03:002008-06-17T11:29:00.000-03:00Caro Mariano,Substituo o comentário que fiz antes ...Caro Mariano,<BR/><BR/>Substituo o comentário que fiz antes por este, pois verifiquei que estava errado: o Rorty realmente veio ao Brasil pela primeira vez trazido por mim e pelo Waly Salomão, em 1994, para participar de uma mesa com José Arthur Giannotti e Luiz Eduardo Soares, discutindo "O relativismo enquanto visão do mundo", num ciclo de conferências que publicamos em livro. Depois, em 1996, ele foi trazido ao Brasil novamente pelo Luiz Eduardo e pelo Cândido Mendes de Almeida, para participar de uma conferência sobre "Pluralismo cultural". Foi nessa segunda ocasião que ele deu a entrevista que você cita, ao Jurandir Freire Costa.<BR/><BR/>Abraço.Antonio Cicerohttps://www.blogger.com/profile/16263107813619900521noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-87530065030997269752008-06-16T20:55:00.000-03:002008-06-16T20:55:00.000-03:00Querido Cícerosou um grande fã seuseus livros, sua...Querido Cícero<BR/>sou um grande fã seu<BR/>seus livros, sua música<BR/>tem aroma de desejo<BR/>amor e loucura<BR/><BR/>Fiz uma breve e humilde homenagem a você no meu blog<BR/>www.alemdocerrado.blogspot.com<BR/><BR/>Grande abraço, MikeMikehttps://www.blogger.com/profile/05724789934593628940noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-75461853353209186632008-06-16T14:43:00.000-03:002008-06-16T14:43:00.000-03:00Caro Antonio, vou mandar meu comentario-reflexivo,...Caro Antonio,<BR/><BR/> vou mandar meu comentario-reflexivo, ok<<BR/><BR/> A ideia do Nobel faz sentido..., e concordaria com ela integralmente em relacao a questao do individuo... Nao estariamos, nao obstante, numa fase em que nos rotularmos ou taxarmos para "acoes afirmativas", no ocidente, e´tambem importante - excluisvamente, digo, na questao de luta pelos direitos de minorias><BR/> Mesmo que seja uma besteira, supomos, o que acabo de argumentar... mesmo assim, nao e´uma realidade concreta, o "taxamento" de minorias> <BR/> <BR/> um abraco,<BR/> Denny Yangbiografiahttps://www.blogger.com/profile/10119025826981856932noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-22764353388795136332008-06-16T10:02:00.000-03:002008-06-16T10:02:00.000-03:00Antônio,Excelente artigo, parabéns. É uma questão ...Antônio,<BR/><BR/>Excelente artigo, parabéns. É uma questão que precisamuito ser discutida hoje, quando parece que está vencendo no Brasil a idéia de que só existimos, só somos sujeitos de direito, através de uma comunidade de pretensos iguais. Para mim está claro que essa idéia resulta, no fim, numa realidade inaceitável em que o ser humano só tem direitos na medida em que se filia a uma ideologia, a uma causa, em suma, na medida em que se submete a uma liderança.<BR/><BR/>um abraço,<BR/>lucasLucas Nicolatohttps://www.blogger.com/profile/14525082863888278261noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-46589221771531385842008-06-15T21:56:00.000-03:002008-06-15T21:56:00.000-03:00Caro A Cicero, ...Caro A Cicero, <BR/> O filósofo neopragmático, Richard Rorty,quando esteve no Brasil, em 1994,deu uma interessante entrevista sobre o assunto, na Folha de São Paulo.Transcrevo um excerto abaixo.<BR/>"!Freire Costa - O que é que o sr. pensa da política da identidade? É uma boa ou uma má idéia?<BR/><BR/>Rorty - Em inglês temos a expressão "grupos de interesse". Os trabalhadores, as mulheres, os médicos, os professores etc. podem formar grupos de interesse. Subitamente, criamos a expressão "política de identidade". Eu penso que isso é uma mistificação. Naturalmente nós temos grupos de interesse. Mas identidade? Minha questão é: qual é minha verdadeira identidade? Homem? Professor? Branco? Eu penso que essa é uma questão que não merece ser posta!<BR/><BR/>Freire Costa - Não faz sentido querer fixar identidades?<BR/><BR/>Rorty - Se somos membros de um grupo oprimido, temos uma identidade como membro de um grupo oprimido. Se somos negros, se somos homossexuais e, por isso, quiserem bater-nos, então devemos protestar, devemos dizer: ''Não! Não se pode bater em negros ou homossexuais''. Mas saber o que é exatamente um homossexual ou, então, o que é exatamente a identidade negra, é uma questão para filósofos e não uma questão política. Eu sou membro da Associação Americana de Professores Universitários. Nós somos um grupo de interesse, quer dizer, temos leis que existem para nós. Mas não existe algo como "uma identidade profissional de professor".<BR/><BR/>Freire Costa - Quando se pergunta "o que é uma identidade?", o sr. acha que existe a tendência a buscar-se um referente imutável da "identidade"?<BR/><BR/>Rorty - Sim. Creio que na questão da política de identidade há sempre uma divisão entre essencialistas e antiessencialistas. Os essencialistas querem dar definições; os antiessencialistas dizem: ''Não! O problema é muito complexo para que se possa definir, trata-se de um jogo infinito de diferenças etc.''. Eu acho tudo isso tedioso. Existe uma batalha estéril entre aristotélicos e derrideanos (de Jacques Derrida). Eu não sei o que fazer com isso. Para divertir-nos, podemos escrever coisas deste tipo: o que é um professor, o que é uma mulher etc. Mas, falando politicamente, nada disso é sério."<BR/>Abço.<BR/>Mariano.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-6253809388075616912008-06-15T07:12:00.000-03:002008-06-15T07:12:00.000-03:00A brisa leve balança os fios do cabeloEnquanto a e...A brisa leve balança os fios do cabelo<BR/>Enquanto a estrela solitária perfila no horizonte<BR/>Andaimes se sucedem numa escalada sem fim<BR/>Enquanto corre nas entranhas do mundo o lixo vagabundo<BR/>De limpeza e higiene orientais precisa o mundo<BR/>Harmonia, chão, água, ar e boemia<BR/>E a tecnologia<BR/>Menos, menos pede a razão e o pulsar da emoção<BR/>Cada vez menos satisfeitos<BR/>Arfando, tossindo gases venenosos<BR/>Seres voluptuosos, gulosos<BR/>Enquanto na noite fria se esquece<BR/>O amanhã, que um dia aparece.Alcione https://www.blogger.com/profile/03366428366540586387noreply@blogger.com