tag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post2978537452248002043..comments2024-03-15T11:34:24.681-03:00Comments on ACONTECIMENTOS: Vladimir Safatle: "Um livro impossível"Unknownnoreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-48875338830186750902012-06-19T11:04:10.100-03:002012-06-19T11:04:10.100-03:00Grande Aetano,
Agora entendi...
Concordo com vc....Grande Aetano,<br /><br />Agora entendi...<br /><br />Concordo com vc. O fato de ainda "pensarem" (não digo "pensamos", pois desse pensamento pré-moderno pelo menos tento me excluir) como se Cicero ainda não tivesse feito tal intervenção é que é ab-surdo.<br /><br />Mas o voto do Min. Marco Aurélio, do STF, sobre os anencéfalos, me causou certo alívio. E a vitória da extrema direita na Grécia, certa apreensão.<br /><br />Enfim, "O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,<br />a vida presente." CDA<br /><br />Abrçs.Nobile Joséhttps://www.blogger.com/profile/14295272455114719757noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-33323499187808755592012-06-18T18:18:54.800-03:002012-06-18T18:18:54.800-03:00Rsrsrsrs
Caro Nóbile, estou acompanhando o blog a...Rsrsrsrs<br /><br />Caro Nóbile, estou acompanhando o blog a partir de um celular, razão por que serei breve. Quando eu disse que a obra parecia ter nascido póstuma, na verdade estava remetendo a uma frase de Nietzsche, para quem alguns filósofos nascem póstumos (cito de cabeça). A razão pela qual Nietzche dizia isso é a mesma que motivou o meu comentário: como pode uma obra como "O mundo desde o fim" não ter a repercussão que ela merece? Isso ficará para a posteridade? <br />O fato é que ainda pensamos como se Cicero não tivesse feito tal intervenção. Mais uma vez citando Nietzsche, parece que Cicero, cuidando da modernidade, é na verdade um extemporâneo.<br />Agradeço a oportunidade de esclarecer. <br /><br />AbcsAetanohttps://www.blogger.com/profile/12423831394078805062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-42203869357534215142012-06-18T16:58:04.498-03:002012-06-18T16:58:04.498-03:00Prezado Aetano,
Não entendi seu comentário. Eu nã...Prezado Aetano,<br /><br />Não entendi seu comentário. Eu não disse que tal obra “parece ter nascido póstuma". Ademais, não consegui decifrar a que morte você se refere. Obviamente se trata de algum sentido figurado que de fato escapou à minha compreensão.<br /><br />Tendo em vista a presença da conjunção “mas”, creio se tratar de uma crítica na qual você deixa claro não concordar com o teor do livro. Será? Enfim, se for isso, talvez a morte a que você se refere seja justamente o conteúdo do livro...<br /><br />Como de fato não entendi – veja, não estou sendo irônico – vou explicitar um pouco o que eu de fato eu quis dizer com o meu comentário: que as luzes da modernidade ainda não conseguiram alcançar toda essa "energia escura" do período pré-apócrise; e que isso se dá tanto por ignorância (na maior parte dos casos, inclusive por doutores!), quanto por um enfrentamento direto, ou seja, quando uma pessoa de fato sabe o que é modernidade, e após, a critica. Mas como ao assim proceder, tal crítico acaba por reafirmá-la, não vejo nenhum descompasso temporal em tal conceito, e dessa forma, não vejo como tal obra, que prova a existência da apócrise, possa ter nascido póstuma.<br /><br />A meu ver, o que de fato está, se não morto, fadado à decrepitude, são essas tentações do engodo pré-moderno, disseminados amplamente em nossas instituições: do supremo tribunal ao guarda municipal, passando pelas universidades de "ponta".<br /><br />E o que mais me impressionou nessa novidade trazida pela obra é como pode um imbecil, às vezes, ter razão. Porque a razão descola do sujeito que enuncia o discurso – e isso me faz, às vezes, dar razão, por exemplo, a uma frase (e apenas a uma ou duas frases, opa!) perdida num longo texto de ... Reinaldo Azevedo. ou de um Fidel Castro, ou de um Roberto Campos - até de João Pereira Coutinho e Luiz Felipe Pondé recolho fragmentos! (Cruzes!!!)<br /><br />Mas se tiver sido outra intenção a sua ao atribuir o que eu não disse, ou seja, para que eu dissesse tal frase, deveria haver uma explicação anterior e uma troca de conjunção; vejamos: 1) para a obra ser póstuma ela o seria em relação à morte da pré-modernidade; 2) dessa forma, trocar-se-ia a conjunção "mas" pela conjunção "e". Aí, tudo bem. ;)<br /><br />Abrçs.Nobile Joséhttps://www.blogger.com/profile/14295272455114719757noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-2563126672833286832012-06-16T14:52:39.740-03:002012-06-16T14:52:39.740-03:00De fato, "O mundo desde o fim" é uma obr...De fato, "O mundo desde o fim" é uma obra extraordinária! Mas, como vc disse, Nóbile, parece ter nascido póstuma.Aetanohttps://www.blogger.com/profile/12423831394078805062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-58106321701241820802012-06-12T10:32:39.559-03:002012-06-12T10:32:39.559-03:00Cicero,
Por obediência ao princípio do contraditó...Cicero,<br /><br />Por obediência ao princípio do contraditório, deixo aqui o texto de Safatle, publicado hoje, na Folha, e que responde a Caetano:<br /><br />VLADIMIR SAFATLE<br /><br />Indiferença<br /><br />No último domingo, Caetano Veloso escreveu uma crítica em sua coluna de "O Globo" a respeito de meu livro: "A Esquerda que Não Teme Dizer seu Nome" (Três Estrelas, 88 págs.). Sua crítica me fez perceber que talvez não tenha me expressado com suficiente clareza a respeito de posições que considero fundamentais.<br /><br />Por isso, peço a permissão dos leitores para falar na primeira pessoa e voltar a certos pontos que escrevi.<br /><br />O livro visa defender duas posições maiores para a esquerda: o igualitarismo e a centralidade da soberania popular. Caetano critica minha maneira de defender o igualitarismo, vendo nisso um arcaísmo. Para ele, tal igualitarismo não seria muito diferente do tom opressivo da esquerda "indiferente" e "universalista" de sua juventude. Esquerda para quem questões de raça, sexo, nacionalidade e estética eram diversionismo que nos desviariam da revolução.<br /><br />Caetano lembra, com razão, de como Salvador Allende não mexeu em leis que criminalizavam o homossexualismo e impediam o divórcio.<br /><br />Longe de mim querer diminuir a importância dos apelos de modernização social embutidos em demandas de reconhecimento da diversidade de hábitos e culturas. Estas são questões maiores, por tocarem diretamente a vida dos indivíduos em sua singularidade. Não se trata de voltar aquém das políticas das diferenças e de defesa das minorias. Trata-se de tentar ir além.<br /><br />Quando afirmo que devemos ser indiferentes à diferença é por defender que a vida social deve alcançar um estágio no qual a diferença do outro me é indiferente. Ou seja, a diversidade social, com sua plasticidade mutante, deve ser acolhida em uma calma indiferença. Que para alcançar tal estágio devamos passar por processos de abertura da vida social à multiplicidade, como as leis de discriminação positiva. Isso não muda o fato de não querermos uma sociedade onde os sujeitos se atomizem em identidades estanques e defensivas. Queremos uma política pós-identitária, radicalmente aberta à alteridade.<br /><br />Um exemplo: discute-se hoje o direito (a meu ver, indiscutível) de homossexuais se casarem. Mas por que não ir além e afirmar que o ordenamento jurídico deve ser indiferente ao problema do casamento?<br /><br />"Indiferença" significa, aqui, não querer legislar sobre as diferenças. Ou seja, por que não simplesmente abolir as leis que procuram legislar sobre a forma do casamento e das famílias, permitindo que os arranjos afetivos singulares entre sujeitos autônomos sejam reconhecidos? Não creio que isso seja arcaísmo, mas o verdadeiro universalismo.<br /><br />Por fim, Caetano diz que tenho "cabeça de concreto armado". Gosto da ideia. Niemeyer nos mostrou como se pode fazer curvas e formas inesperadas com o concreto armado.<br /><br />***Aetanohttps://www.blogger.com/profile/12423831394078805062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-70822699997096444852012-06-11T19:48:41.679-03:002012-06-11T19:48:41.679-03:00cicero,
acabei de reler "o mundo desde o fim...cicero,<br /><br />acabei de reler "o mundo desde o fim". tem muita gente "comendo mosca" nas universidades do país.<br />tenho conversado com alguns "doutores" em ciências sociais que estão mais perdidos que cego em tiroteio, qdo o assunto é modernidade.<br />no direito, então, é literalemnte um deus-nos-acuda.<br /><br />aff!<br /><br />abrçs.Nobile Joséhttps://www.blogger.com/profile/14295272455114719757noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-22559370813891101952012-06-11T13:47:46.272-03:002012-06-11T13:47:46.272-03:00Caetano é um farol como o de Alexandria, que ilumi...Caetano é um farol como o de Alexandria, que iluminava a Antiguidade. As questões apontadas pelo artista (sim, um grande artista, com a grandeza e as limitações de um artista) só não existiam na sua cabeça, assim como as questões objetivas e damandas materiais da esquerda seriam um devaneio da juventude corajosa de esquerda dos dias de hoje,já que viveríamos em uma sociedade pós-materialista, com demandas pós-materiais. Um passeio por qualquer cidade brasileira nos mostra o contrário.Maranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-20507823985324182652012-06-10T17:11:10.673-03:002012-06-10T17:11:10.673-03:00Grato pelo texto, Cicero.
A propósito de Safatle,...Grato pelo texto, Cicero.<br /><br />A propósito de Safatle, em seu último artigo, Caetano Veloso diz:<br /><br />"Lendo Safatle, me dei conta do quão velho sou. Atribuo à juventude do autor o destemor da volta ao tom opressivo da esquerda 'indiferente' e 'universalista' de minha juventude. Questões de raça, sexo, nacionalidade e estética eram inexistentes (na verdade, estorvos no caminho da Revolução); o 'socialismo branco' da Escandinávia (que, no entanto, ele hoje usa como exemplo positivo) também. O Chile de Allende, como o de Pinochet, convivia, mudo, com a criminalização da homossexualidade (que lá só deixou de ser crime em 1999) e com a interdição do divórcio (só admitido em 2004)."<br /><br />Caetano está, no caso, comentando o livro "A esquerda que não teme dizer seu nome", cujo autor é Vladimir Safatle, e conclui - ironicamente - dizendo que lera alguns artigos de "Diário da corte" - coletâneas de textos de Paulo Francis - "para contrastá-los com a cabeça de concreto armado do Vladimir".<br /><br />Esse Caetano é um farol!<br /><br />Abcs<br /><br />AetanoAetanohttps://www.blogger.com/profile/12423831394078805062noreply@blogger.com