tag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post2719135579735004416..comments2024-03-15T11:34:24.681-03:00Comments on ACONTECIMENTOS: Jorge de Sena: sobre os "Quatro sonetos a Afrodite Anadiómena"Unknownnoreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-78341268942575441542015-05-17T20:51:05.108-03:002015-05-17T20:51:05.108-03:00Só agora descobri este excelente blog.
Evitarei ma...Só agora descobri este excelente blog.<br />Evitarei mais elogios mas serei visita <br />habitual. Só lamento os «fatos» e os<br />«abstratos» «ativos», ingredientes bem amargos com que nos afundamos no oceano<br />da «deceção». Seremos bons vizinhos mas<br />sem acordâncias.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-71488671871155263892008-03-24T10:25:00.000-03:002008-03-24T10:25:00.000-03:00Caro Cicero,Será mesmo possível destruir "a lingua...Caro Cicero,<BR/><BR/>Será mesmo possível destruir "a linguagem corrente da poesia [...] como significação"? <BR/><BR/>A proposta do Jorge Sena me parece uma utopia na medida em que ele usa recursos convencionalmente poéticos. <BR/><BR/>Por exemplo, notemos como o João Renato foi induzido a leitura padrão para o soneto (vide comentário do próprio acima).<BR/><BR/>Isso sem falar no título, o qual, dependendo do repertório cultural do leitor, pode muito bem condicionar a interpretação das palavras inventadas no poema.<BR/><BR/>Poderíamos também pensar nas associações que se pode fazer entre as estas e palavras conhecidas com sons e morfologia parecidas, as quais, em tese, contaminariam os termos desconhecidos com suas qualidades.<BR/><BR/>Abração,<BR/>Héber SalesHéber Saleshttps://www.blogger.com/profile/12657019417483203926noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-60302325257144403122008-03-23T01:33:00.000-03:002008-03-23T01:33:00.000-03:00Caro Homo Antiquus,Excelente lembrança a sua! Aman...Caro Homo Antiquus,<BR/><BR/>Excelente lembrança a sua! Amanhã vou postar a "Venus Anadyomène" de Rimbaud.<BR/><BR/>Abraço,<BR/>Antonio CiceroAntonio Cicerohttps://www.blogger.com/profile/16263107813619900521noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-11070835687655157332008-03-23T00:27:00.000-03:002008-03-23T00:27:00.000-03:00Prezado A.Cícero,Permita-me o diletantismo, ou nã...Prezado A.Cícero,<BR/>Permita-me o diletantismo, ou não; por intuição apenas, sinto que os formalismos são um poço sem fundo: exercícios helicodais,sem fim, absolutamente necessários para a árdua pedagogia de poetas para poetas para poetas...A mim isso tudo interessa quando as apóricas águas empuxam drummonds, bandeiras, leminskis e cíceros. E por assim dizer:<BR/>"Les reins portent deux mots gravés: Clara Venus;/-Et tout ce corps remue et tend sa large croupe/belle hideusement d'un ulcère à l'anus."<BR/>Grato por essa casa de portas abertas.<BR/>Abço!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-34976548541926862332008-03-22T22:25:00.000-03:002008-03-22T22:25:00.000-03:00Prezado Antônio Cícero,A pintura abstrata muitas v...Prezado Antônio Cícero,<BR/><BR/>A pintura abstrata muitas vezes também evoca significados bastante concretos, mesmo desprezando a figura.<BR/>Acho que o mais interessante dos poemas foi o autor ter rompido com o significado das palavras utilizando-se de uma forma tão clássica como o soneto. Inclusive, respeitando a rima e uma certa métrica. Se fossem escritos em verso livre, creio que não teriam a mesma força.<BR/>Na primeira vez em que eu os li, condicionado pela estrutura lógica tradicional da frase e do soneto (introdução, desenvolvimento e conclusão), até dei uma entonação, como se o texto tivesse lógica e sintaxe.<BR/>Um abraço,<BR/>JR.João Renatohttps://www.blogger.com/profile/16518022186834962518noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-21130140373498051252008-03-22T18:32:00.000-03:002008-03-22T18:32:00.000-03:00Caro Nuno,concordo inteiramente com o que você diz...Caro Nuno,<BR/><BR/>concordo inteiramente com o que você diz.<BR/><BR/>Abaço,<BR/>ACiceroAntonio Cicerohttps://www.blogger.com/profile/16263107813619900521noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-4879336620845920322008-03-22T18:28:00.000-03:002008-03-22T18:28:00.000-03:00Caro João Renato,acho que sim, por analogia à pint...Caro João Renato,<BR/><BR/>acho que sim, por analogia à pintura abstrata, por abstraírem da dimensão "mítico-semântica", como diz o Jorge de Sena. <BR/><BR/>Mas acho que, considerados de outro ponto de vista, exatamente por se concentrarem na forma material, e por, como diz, de novo, o Jorge de Sena, produzirem uma "atmosfera erótica, concreta, cuja concretização não depende do sentido das palavras, mas da fragmentação delas integrada num sentido mais vasto, evocativo e obsessivo", podem ser considerados, ao contrário, como concretos. <BR/><BR/>Abraço,<BR/>Antonio CiceroAntonio Cicerohttps://www.blogger.com/profile/16263107813619900521noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-71582060099801580982008-03-22T18:23:00.000-03:002008-03-22T18:23:00.000-03:00Olá, Cícero, salve!Interessante a discussão que es...Olá, Cícero, salve!<BR/>Interessante a discussão que estes poemas e sua argumentação suscitam.<BR/>Primeiro, como modernista, Jorge de Sena nada mais faz que praticar a estética da negação, creio, coerente com as vanguardas históricas e sua crença de que o progresso é um fato inclusive nas artes, não só da indústria, da economia, etc.<BR/>"Eu não quero ampliar a linguagem corrente da poesia; quero destruí-la como significação, retirando-lhe o carácter mítico-semântico, que é transferido para a sobreposição de imagens (no sentido psíquico e não estilístico), compondo um sentido global, em que o gesto imaginado valha mais que a sua mesma designação." diz ele.<BR/>Bem, acho que se faz muito melhor poesia quando se consegue este mesmo efeito: o gesto imaginado valendo muito, ou seja, o som sibilante das palavras capturando aquele que lê, tanto quanto o sentido que também ali espreita e envolve. <BR/>Poesia não seria uma eterna negociação entre som e sentido (aquilo que se diz e o "como" é dito)?<BR/>Para ilustrar me vem à mente agora o Transparências: "venho da praia de um verão em que as ondas rolam redondas e lisas<BR/>sobre o mar sem formar espumas<BR/>e os olhos gulosos engolem glaucas e mornas transparências<BR/>goles de azul e verde<BR/>fazendo inveja à língua aos lábios e à goela".<BR/>Não é este um bom exemplo de ajuste das duas condições? <BR/>abraço forte,<BR/>Nuno RauNuno Rauhttps://www.blogger.com/profile/00291813780627273946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4784026675001070232.post-20057803955076120452008-03-22T17:35:00.000-03:002008-03-22T17:35:00.000-03:00Olá, Antonio Cícero.Serão esses sonetos "literatur...Olá, Antonio Cícero.<BR/>Serão esses sonetos "literatura abstrata"?<BR/>Um abraço,<BR/>João Renato.João Renatohttps://www.blogger.com/profile/16518022186834962518noreply@blogger.com